Viver as festividades culturais faz
parte da energia nata de nossa gente. Uma cidade que reluz essas datas através
da arte, é uma cidade viva. Nas festividades de fim de ano, por exemplo, as
pessoas não precisariam, muitas vezes por falta de opção, adentrarem nas
clausuras de suas casas para verem programas repetitivos na tv, traçarem os
mesmos esboços familiares ou, quando podem, buscar diferentes opções nas
cidades vizinhas.
Vejo antigos moradores
da cidade de Palmeira dos Índios lançando seus olhares pela janela para
observarem os enfeites vestidos por ela. Vejo a imagem do Cristo Redentor
iluminado por cores que, de quando em quando, diversificam-se. A praça do açude
tendo, na centralização de suas águas, uma bela árvore natalina agraciada por
cores vivas e, ao seu redor, as pessoas deleitando seus ouvidos pelos cânticos
natalinos trazidos pelos estudantes, pelas igrejas e pela comunidade como um
todo. A energia de belos fogos que parecem sair das águas e banham o céu de
esperança e vida nova. A praça das Cassuarinas sendo palco de diversificadas
apresentações festivas, deixaria de ser uma nuvem de poeira e, naturalmente, as
principais ruas e avenidas da cidade sendo tematizadas e trazendo o calor das
boas-vindas para os aqui chegam e a homenagem aos que aqui moram.
O povo
certamente acataria essa força interior de se sentir vivo e, seja num ambiente
privado ou público, cada qual, a seu modo, colocaria em prática o poder e a
beleza que nossa arte e nossa cultura têm.
Nenhum comentário:
Postar um comentário