A sexualidade feminina, entendendo esta
como um conjunto de princípios que refletem no corpo propriamente físico e no
gênero, relação do ser no meio social, envolve relações sociais, pensamentos,
desejos, crenças, atitudes, valores e práticas sob os moldes, até certo ponto,
patriarcais. E o sexo, entendendo este como a relação sexual, no tocante à
educação das meninas, teve a Igreja como ponto crucial de apoio às famílias,
adotando uma postura de tabu, medo e pecado.
Desde
a Idade Média, nas sociedades ocidentais, a prática da confissão ganhou enorme
importância, sendo a mulher, sua maior vítima. Nesse sentido, o sexo era destinado
à procriação e a frigidez, a norma. O prazer feminino não
cabia às mulheres de família.
A década de 1970
refletia uma inquietação sociocultural que vinha acontecendo, década após
década, em especial nos anos 60. A mulher passou a buscar mais espaço na
sociedade, a controlar o número de filhos através dos contraceptivos e,
portanto, a começar a ser dona do seu próprio corpo.
No entanto, a partir dos
anos 80, esse propósito contestatório, através de uma explosão de sexo e
desejo, é tragado pelo mercado masculino, sobretudo através da mídia. Constitui,
nesse sentido, que a mulher tem alcançado uma maior inserção no meio
socioeconômico atuando em várias áreas, não perdendo, na grande maioria das
vezes, seu exímio posto de “rainha do lar” e os holofotes da eterna exigência
da beleza corporal constituídos por uma sociedade que, ao mesmo tempo, critica
e enaltece. Assim, além de dona do seu corpo, a mulher precisaria enaltecer
ainda mais sua autenticidade na sua voz e no seu querer.
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