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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Mico... ou mico?




 Eis que, num dia ensolarado do mês de outubro de 2016, todos estavam prestes a passear e se divertir numa festinha dedicada às crianças, no sítio. Tudo desmoronou quando, no momento de sair da cidade para o sítio, o amigo Arnaldo entrou em choque. Motivo: o mico sumiu. Ele e sua esposa, após procurar pela casa e pela rua incessantemente e depois de mobilizar todo o bairro a procura desse minúsculo e adorado ser, resolveu ligar para sua irmã, Mariana,   que estava no sítio e acompanhada de suas sobrinhas, filhas de Arnaldo e fascinadas pelo animal. Tomada por um choque emocional muito grande, tentando desesperadamente controlar o choro intenso longe das sobrinhas, a irmã de Arnaldo preparou o comboio para ir até a cidade e ajudar na busca. A festinha, portanto, teria que ficar para depois. O momento era de urgência. Controlando-se emocionalmente, Mariana se aprumou no volante e tentou trazer um pouco de confiança às sobrinhas que gritavam de desespero no banco de trás do carro. Ao passar pela estrada, rumo à cidade, quem ouvia aqueles gritos, certamente deduzia que alguém estaria sendo conduzido naquele carro rumo a UPA ou Hospital do Chama.

Enquanto conduzia as sobrinhas, Mariana recordava um momento traumatizante, de igual natureza, vivido por ela numa época de semana santa. Após ter seu pintinho de estimação morto por uma atitude dolosa (quando não se tem a intenção de matar), Mariana se sucumbiu em prantos e a casa, lotada de gente por causa da comemoração pascal, parou. A moça se silenciou em luto no quarto e, por todo o dia até o cair do sol, ela ficara deitada na cama em prantos, enquanto seu esposo colocava sua cabeça no seu colo, alisava seus cabelos e pedia para que ela tivesse calma. A mãe, vez por outra, levava alento e lhe oferecia um pouco de comida. Todos da casa, tentando levar o dia com naturalidade, ainda se revezavam para visitar a pobre Mariana no quarto, tentando trazê-la ao ânimo da vida.


Chegaram à cidade. Saindo do carro em disparo, as filhas de Arnaldo, a mãe e a tia que trazia essas crianças se abraçaram fortemente, trazendo, cada qual, um pouco de alento. E as buscas continuaram... Os vizinhos, todos sentados embaixo dos postes de luz "tomando uma fuga", bebendo um pouco de água, não se sabe se de angústia ou de puro cansaço, deram as buscas por encerradas. Mas, antes de pensarem em contactar com o bombeiro, Mariana teve uma premonição e convenceu a todos que o mico deveria estar dentro de casa. E assim o fizeram: sala, sala de estar, sala de janta, banheiro, quintal, quartos, corredores... todos os lugares possíveis foram rastreados que nem a NASA teria tamanho olho clínico. Depois de horas e horas, depois do cansaço dar sinais impiedosos, toda a família escuta a porta de um dos quartos se abrir pela força do vento e ele, simplesmente ele, sai de lá de dentro se espreguiçando. O silêncio em todos chega a ser estarrecente. Imobilizados, toda a família olha para aquele ser que, tranquilamente, olha para eles com aquela cara de quem fala: "O que foi? Morreram? Estou com fome... Cardápio, por favor!"

O choro e os abraços entre os parentes se instalaram por mais de meia hora. Momento de intenso alívio. Enquanto isso, o mico lixava suas unhas, cruzava suas pernas e aguardava ter a refeição servida.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

"Um passado, uma memória"

BASEADA EM FATOS REAIS. USADO NOME FICTÍCIO PARA O PERSONAGEM.


Esta história, que aos olhos de alguns pode parecer uma bobagem, foi e é uma lembrança marcante na vida de um cidadão. Conversa vai, conversa vem, eis que fui confiada a ouvir esse relato e, sob sua autorização, registrar aqui nessa página. Quem sabe, chegando aos ouvidos dos envolvidos, essas lembranças marcantes não  voam pra mais longe e, finalmente, esse "engasgo" vira apenas uma lembrança sem marcas...

Numa cidade do interior das Alagoas, uma família costumava se reunir tempos em tempos. Muitos vinham das capitais... E era aquele alvoroço bom de conversas trocadas, gargalhadas, risos e conversas muitas para se colocar em dia. Se instalavam na casa de um parente e ficavam por ali a dividir muitos cafés.  Vendo aquela parentada se reunir e vendo tantas crianças e adolescentes juntos, havia um garoto de seus idos 7 ou 8 anos, que vou chamá-lo de Pedro. Pedro frequentava também aquela casa para brincar... Afinal, ele também pertencia ao clã familiar. E quase todo dia ele estava lá correndo, brincando, revendo aquela gente toda! Era muito divertido! Corriam pela casa, pelo quintal! Naquela época, não havia, obviamente, nada de celular ou qualquer brinquedo eletrônico e não se tinha a malícia e a "modernidade" que se tem hoje. Falo por mim! Na época em que eu era criança e adolescente, eu costumava brincar rio acima, rio abaixo com meu irmão e uma tropa de garotos e apenas uma garota! Tudo era muito natural e nunca houve brincadeira de mal gosto. 

Enfim...Esse garotos corriam pra lá, corriam pra cá, no meio dos adultos... E aquela turma de meninos e meninas foram brincar, todos juntos, num dos quartos da casa. Era aquela gritaria! Mas, para a surpresa de Pedro, eis que havia saído daquele quarto uma conversa de que um dos meninos havia tirado uma brincadeira meio  maliciosa para com uma das meninas... Eram todos primos. E o negócio começou a tomar outro rumo. Segundo o garoto, alguns adultos começaram, naquele mesmo momento, a observar o que teria acontecido e quem haveria de cometer a tremenda "desonra" de mexer com uma das meninas. Segundo Pedro, nem todos os adultos se envolveram no plebiscito. E, os envolvidos, chegaram a conclusão: foi Pedro! 
A lembrança que lhe vem à mente foi a mãe da garota lhe chamando num canto da casa e lhe falando horrores! Sim... para um ser humano de 7 ou 8 anos, naquela época, as palavras daquela mãe deveriam lhe soar absurdas! E vinham palavras que diziam que ele não deveria ter brincado, ou ter mexido, ou ter tirado brincadeira maliciosa com a filha dela... Que nunca mais isso se repetisse... E, por fim, ela o encaminhou até a porta da sala, discretamente. Segundo Pedro, pelas suas lembranças, a cena se passou sem a dona da casa perceber que ele estava sendo convidado a se retirar daquele ambiente. E assim foi feito. Chegando do lado de fora da porta, ele, no ímpeto de menino, como se sua cabeça não conseguisse acreditar que aquelas palavras eram pra ele, ele tentou dar meia volta e tentar entrar na casa de novo. Para sua certeza e angústia, a mulher estava lá, plantada na porta e disse, discretamente, como que fosse pra ficar só entre ela e ele: "Vá pra casa! E só me apareça aqui quando eu for embora!".

O garoto retornou para sua casa, pensativo e triste. Não sabia o motivo de tamanha seriedade. Não havia feito absolutamente nada com quem quer que fosse. Se alguém tivesse tirado alguma brincadeira com a garota, não teria sido ele... Mas como ter maturidade de se explicar para uma mulher adulta, tomada de indignação e, como mãe, defendendo sua filha? E como se defender perante uma senhora que ele não tinha intimidade para conversar. Eram parentes-visitas.... Chegando em casa, nada falou. Nunca mencionou uma só palavra do ocorrido. 


Hoje, Pedro é um homem de quase 37 anos e, durante todos esses anos, só revelou essa história para uma única pessoa. A segunda a saber sou eu. Segundo ele, não que isso fique na sua mente mas, todas as vezes que passa nessa antiga residência onde essa história se passou, ele relembra cada detalhe. E, quando, de tempos em tempos, encontra essa senhora, mãe da garota, conversa normalmente. Ele diz: "Acho que ela nem se lembra mais disso. Eu também não guardo nenhuma raiva dela. Talvez, naquele momento, ela se convenceu que eu tinha feito alguma coisa, por alguma razão. Também nunca tive vontade de me explicar pra ela. Mas isso ficou na minha mente e me incomoda até hoje... Porque eu não tinha malícia com nenhuma de minhas  primas. Eu gostava era muito de brincar com todos eles, juntos. Eu corria que o suor descia e ria muito. Ela achou que eu fui malicioso por alguma coisa feita que nem me lembro o que. Fiquei incomodado com isso até hoje"

A história que aqui conto foi relatada por Pedro. Não me cabe explicar, justificar, nem acusar. Repasso apenas um relato dele, sob sua autorização. E, quem sabe... Eles dois, num bom café, num bom abraço, se expliquem. Cada qual com suas razões. A mãe da garota, a garota, Pedro... Todos são adultos e de boa convivência. E que  essa história tenha uma página nova! Afinal, quem não guarda suas lembranças e nunca se explicou ou nunca recebeu explicação, não é mesmo? A vida nos dá essa chance todos os dias! Pensem nisso!




terça-feira, 11 de outubro de 2016

"O fogo eterno"

"ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO. QUALQUER SEMELHANÇA É MERA COINCIDÊNCIA"
          Num vilarejo, havia uma moça que, embora sua estatura física não fosse lá de abrir os olhos da curiosidade masculina, tal feito era compensado com "outros atributos". Vestidinho florido, andava faceira pelas ruas da cidade e, principalmente, do sítio, lugar de sua morada. Possuía um olhar triunfante, pernas bem definidas (se fosse nos tempos atuais, eu diria que malhava como ninguém. Ou... Eu diria possuir um affair pelo "pilates", graças ao seu dom natural por "alongamentos"). Rosto definido, quando olhava encantada para algum rapaz, sabia que seria difícil não atormentar o pobre moço com tantas qualidades. 
          O fato é que, depois de alguns namoros, Valentina (nome bem apropriado) se encantou por um fazendeiro, viúvo e pai de alguns filhos do seu primeiro casamento. Aliás, sua falecida tinha uma aparência angelical, mas já derrubou uma pequena construção ornamental na bala, só por ter sido contrariada por um vizinho. Enfim. Valentina e Amadeu se casaram no civil. Sim, seu nome vem da procedência de Ama - foi amado... e Deu - deu pra corno. Aquele pobre homem, embora lutasse com todas as suas forças, não conseguiu suprir o fogaréu de Valentina e o resultado foi catastrófico! Quando Amadeu não  podia descer a madeira, gemia que nem quisesse ser um Jack Sparrow (ator americano: O fantasma do caribe)... Ou, na luta por reconquistas diárias à sua deusa, um Clark Gable (ator de E o vento levou). Aliás, levou mesmo... Levou Valentina para muitos outros braços, mas nada lhe baixava o fogo penoso. 

A título de ilustração...

Jack Sparrow



Clark Gable


        




        A vida foi se estendendo e, segundo falatório (que ninguém escapa), era Amadeu gemendo de saudade numa ala da casa e Valentina gemendo com a música de Luíz Gonzaga, noutro canto (Carolina, hum hum hum). O pobre homem foi ficando velho e tirado daquela residência pelos familiares, para melhores cuidados. Vida que segue, Valentina recebe a visita de um moço bem mais jovem que lhe chegara a fim de tratar de negócios! Mal sabia ela que estava prestes a viver uma das maiores tempestuosas aventuras de amor e, para seu cruel destino, uma dor mortal. Eis que o candidato não resistiu aos encantos artifícios físicos e aprimorados de Valentina e ganhou o negócio e a dona. Viveram esse torrencial deleite por um bom tempo. Não saberia dizer se esse conseguiu segurar a moça no laço, mas o enlace carnal foi tão intenso que trouxe alguns desafetos. O rapaz, anos depois, foi embora.
          Como a vida é bem generosa e sabendo que a saia de Valentina ainda ansiava por ventos uivantes, já quase no fim da vida, viúva de Amadeu, Valentina, pela misericórdia, talvez de algum ser celestial, conheceu outro rapaz. Bem mais jovem, por sinal. Este seria, por assim dizer, a última tentativa de tentar tornar Valentina uma doce esposa, uma rainha do lar. Pois o moço conseguiu! Sim, ele teria o cardápio completo, digno de tornar Valentina uma das mulheres mais fiéis daquela região. O serviço doado por ele era tão eficaz que, para constatar o dito, o feitiço quis voltar contra o feiticeiro, mas Valentina provou que, perto da "última morada", ainda era a Valentina triunfante. Eis que uma moça tentou ter um tchaca de la butchaca com o companheiro de Valentina, mas não teria aguentado a ira daquele Hércules. Na hora do côncavo e do convexo, a moça esbrugou os olhos e pediu misericórdia, bem debaixo do pé de amora.  
          E assim, além de Valentina terminar os seus dias como uma verdadeira guerreira, ainda teve a chance de ser a guerreira para um único guerreiro e vice-versa.  Além de segurar o cabra, provou que tamanho não é documento. Salve Valentina! 

          

quarta-feira, 13 de abril de 2016

O beijo


          Quando se fala em beijo, penso no tal biquinho das selfies que invadiram as redes e outros meios. Penso no beijo de outrora, onde se via conquista e amor (ao menos, era essa a ideia). Penso nos beijos homossexuais que desafiam os novos tempos e condutas. Afinal, posso dizer que, nos dias atuais, tem beijo pra tudo: pra ganhar, pra ousar, pra apostar, pra ficar, pra sonhar ou, simplesmente, pra beijar. Há relatos e relatos a respeito de estudos sobre o amigo beijo... Mas aqui venho, descontraidamente, para dizer que o beijo é a grande fonte de amor. Nele, você deposita mil intenções... E ele tem trazido mil histórias de amor... e desamor. O beijo pode até ser "de mentirinha". Mas também pode ser a grande verdade de sentir e se descobrir. De se sentir e sentir a verdade que reluz ou a verdade que machuca. O beijo é a porta de entrada e de saída. 
          E, no decorrer dessas centenas de anos, há aqueles que, quer você queira ou não, são carregados de grandes histórias... 

Nos livros e nas cortes... Aquele beijo proibido.

Na rua... Aquele que reluz paz e a volta ao amor




Na vida e após a mesma... Àquele que se eterniza



Na guerra e no amor... Àquele que arrebatou milhões de sonhos
                   

     
Num momento mágico... Àquele que conquista aos poucos

Na realeza... Àquele em que nem tudo é real

E, no meio  dos automatizados....

... Àquele onde o brilho e o encanto ainda se fazem presentes...



 ASSIM, ENTRE TEMPOS E ÉPOCAS, O BEIJO REGISTRA E É REGISTRADO.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Uma picada; um amor

OBS.:  ESTA HISTÓRIA É BASEADA EM FATOS REAIS E O PERSONAGENS SOB PSEUDÔNIMOS.


            Na vida a gente se depara com incontáveis histórias e, dentre elas, àquelas que ficam amarradas na memória...  De modo que, por alguma razão, bate uma vontade imensa de relatar e (re)viver com o nosso leitor.
            Esta crônica (e o nome é bem propício) relata a história de duas pessoas que viveram numa mesma cidade mas, por obra da vida e do destino, cada qual procurou seu rumo. Mirtes, mulher inteligente, elétrica,  que guarda em si uma ansiedade crônica, tem o hábito da leitura e ama culturas diferentes. Quando abre a boca pra falar, a impressão que se tem é que, terminada a fala, ela será conduzida ao balão de oxigênio e,  caso isso não aconteça, o balão será preparado para o ouvinte... Já ele, Teodoro, homem de pulso forte, metido a galanteador, tem a rudeza da cidade do interior. Guarda uma característica não muito rara e vista com certa facilidade por entre muitos homens: com os demais, um verdadeiro lobo voraz e indomável... Na companhia de alguma amada que lhe tomasse o coração, um coelho quase “acuado”.  Homem de pouca leitura mas, assim como Mirtes,  lançou-se  na cidade grande e conquistou seu espaço no trabalho e na sociedade. Tanto Mirtes, quanto Teodoro  passaram grande parte de suas vidas se esbarrando vez por outra na cidade natal, comum aos dois.  Anos e anos se passavam e, cada um, teve seus companheiros e histórias. A vida seguia... Numa bela época, ambos estavam sozinhos.
   Não guardava saudades, mas a alegria de se esbarrar com Teodoro estava sempre presente quando este se encontrava por perto. Um dia, pegou-se perguntando a si mesma o que realmente podia sentir por ele. A resposta veio pouco tempo depois. Estava ela na casa de sua mãe na sua cidade natal encostada numa pia e lavando uma montanha de louça. Ele chegou para uma visita. Ao invés da água esfriar o sangue dela, o efeito foi contrário! Ele chegou, passou por trás dela, balbuciou alguma coisa e isso a deixou mais quente que fornalha de padaria. Foi a partir daí que ela realmente percebeu que era fato: eles estavam atraídos um pelo outro. No entanto, a vida seguia e seus “esbarros” eram anuais.
            O fato é que, depois de algum bom tempo e de volta à cidade natal, quis o destino que o pobre Teodoro levasse uma picada! Simmmm!!!  Talvez este tenha sido o único relato onde o “mosquito da dengue”  tenha feito seu trabalho com um belo propósito. Foi aí que Mirtes e Teodoro ficaram um na frente do outro? Ou... quase em cima um do outro? Veremos...
         Já "raspando" os 70, lá se corre para o hospital levar aquele senhor de meia idade. Tá com peninha dele?



  
          Logo ao chegar ao hospital, aquele homem, mesmo beirando a quase morte, deu sinais de que ainda podia sobreviver. Prontamente atendido por enfermeiras que disputavam a prancheta daquele santo paciente, logo uma se inteirou do caso. É provável que ele tenha pedido uma sonda... mas ela, lamentavelmente, garantiu àquele ser que não seria necessário por agora. 
          Mirtes, ao saber que Teodoro se encontrava no hospital, largou tudo em casa e, sem ao menos esperar o táxi, saiu correndo feito louca rua afora. Aliás...

...Ela corria  na frente (Estou chegando!!!!! Não vou deixar você morrerrrrr!!!! Ai, Jesus, valei-me!)

                                
 ... A mãe no meio... (implorando calma e gritando feito louca: criatura, espera!!!!! Eu não aguento correrrrrr! Você tá doida, tá?!)



    ... E o táxi atrás... ( Minha senhora! Minha senhora!!!!! Pelo amor de Deus!!)








          Nada adiantou. Aquela mulher chegou ao hospital cuspindo fogo e, por pouco, não se identificou na portaria do recinto. Chegando à enfermaria, Teodoro acompanhado de um parente, tomou um susto quando, vindo da porta, alguém, numa fúria de preocupação, loucura e tesão recalcado, gritou: 
  
 CHEGUEEEIIIIIIII !!!!!

                                                 
           ... E pulou em cima do velho que, por pouco, a cama não saía desgovernada pelo corredor. A cena chamou a atenção do parente presente e da mãe de Mirtes que, sem quase nada falarem, ficaram meio perplexos a olhar aquelas horas de conversa entre Teodoro e Mirtes, como se eles já tivessem marcado uma espécie de terapia sexual "acamal". Para que Mirtes pudesse deixar a enfermaria, foi preciso um enfermeiro ser chamado e retirá-la do quarto, chamando-a diversas vezes e alertando-a que o horário não mais permitia sua presença no recinto. O fato é que, depois dessa "terapia", Teodoro teve uma melhora significativa, ao ponto de ter alta no dia seguinte. Olha a carinha do coitado....


      
       Depois da alta, Teodoro procurou urgentemente Mirtes para que a "terapia" tivesse continuidade. E não é que deu certo!!!!!


            Só que, dessa vez,  Mirtes levou a picada e sua personalidade  crônica só piorou: um falatório dos infernos noite a dentro, um fogo miserável que descia pelo “pau da venta”, um  “fungado” nas orelhas do companheiro... E o jeito que teve foi Teodoro preguear o lençol no chão e  pedir forças a Deus para manter a “ira camal”  e a fama de galanteador.


terça-feira, 8 de março de 2016

Dia da mulher: flor de mandacaru


        






          "Neste 08 de março de 2016, você representa a mulher diferente (...). Você representa a descoberta, a fantasia para uma criança num dia de domingo! O chute do menino que, no último minuto, venceu o goleiro! A balacrava do Ayrton na curva Tamburello! O fim da escuridão vencida pelo medo! O blefe do carteado! O grito depois de um longo silêncio! A resposta que veio antes da minha pergunta! O pedido de resgate quando eras refém de si mesma! Este 08 de março significa o sim diante de tudo que nos é negado! Este 08 de março exterioriza o seu presente diante do que foi seu passado! Feliz dia internacional da mulher que já nasceu adulta, que soube esperar pelo seu tempo e controlar as horas! Feliz dia desta mulher que é feito mandacaru de beira de estrada, solitário e viril, mas um doce tão bom e delicioso quanto goiabada!"

( Autor da Vida)


          Estas palavras elevam a mulher forte que, mediante suas fragilidades, traz a beleza da vida e a fortaleza do amor. Mulher Mandacaru, Mulher Renascente!

domingo, 27 de setembro de 2015

Um momento fraterno...

          No dia 26 de setembro, o grupo da fraternidade espírita Irmão Cícero, juntamente com amigos, passou um dia maravilhoso num lugar simplesmente divino. Lá, houve passeios, risos,trocas de experiências de vida, momento de oração, aclamação ao pôr do sol, agradecimentos, apreciação de tanta beleza, meditação... Falou-se, sobretudo, do respeito, da ajuda, de lançar o olhar para o outro com mais fraternidade, menos egoísmo. A ajuda ao próximo pode ser dada de inúmeras maneiras, inclusive com apoio, atenção, palavras, solidariedade.... Acompanhados, também, de música ambiental, as conversas e risos discorriam numa leveza de paz e grande interação. E Deus nos presenteava com uma natureza genuína e espetacular. Confira!

Boas-vindas dadas pelo amigo Eberth e sua esposa Nanci





Momento fraterno, um bom bate-papo e interação de amizade




Aclamação ao pôr do sol... quantas experiências de vidas trocadas...






Até o Pablo estava... Perdoem-me!... Ele não é o Pablo?!




Passeios... A natureza e Deus: uma parte de um todo



















Evangelho...





Muita luz....