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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A beleza preocupante do nosso velho Chico.



           Numa viagem a Paulo Afonso com alguns alunos da Escola Municipal Marinete Neves da cidade de Palmeira dos Índios / Al, alunos e professores conheceram de perto algumas instalações da hidroelétrica CHESF (Companhia Hidroelétrica do São Francisco).
          Sabe-se que a nascente do nosso Rio São Francisco morreu. Além disso, hidroelétricas e o canal do sertão que leva suas águas para kilômetros e kilômetros sertanejos, usufruem dessa joia cada vez mais rara. O objetivo dessa viagem é, além da conscientização ambiental, parte de um projeto escolar intitulado "Água, fonte de vida". Nele, alunos retratam, dentre outras coisas, a engenhosa obra do canal do sertão alagoano, a reciclagem e as doenças transmitidas por águas contaminadas.
          Com relação ao canal do sertão, especificamente, há quem tire o chapéu, mas também o contrário. O fato é que, para a realização de tal feito, foram necessários o desmatamento de inúmeros hectares de mata nativa e, com isso, a desestruturação de sua fauna. Além disso, os fósseis foram ameaçados com as escavações; os ribeirinhos, povos que vivem nos arredores do rio foram, em parte, afastados de seus ambientes e de parentes da mesma localidade; o fato do rio, além de ser maltratado com o desrespeito por parte de alguns, tem suas águas cada vez mais escassas e agora mais preocupante com a saída de um grande volume de água por conta do canal. Por outro lado, o IMA (Instituto do Meio Ambiente), tem colaborado com o replantio nativo que favorecerá a fauna e a flora; sertanejos têm água tratada para seu plantio e pecuária, o que diminui o êxodo rural, a fome, a seca e as doenças; e dezenas e dezenas de pessoas obtiveram emprego por conta da obra.
          Assim, é preciso, antes de mais nada, entender que, independente de grandes projetos, o ser humano precisa se conscientizar que a educação ambiental é fundamental para a sua sobrevivência.





Essas três primeiras fotos fazem parte do Jardim dos Namorados nas instalações da CHESF

Primeiro presidente da CHESF



    
Conhecida como Ponte da Nazaré, após filmagem Global em "Senhora do Destino"  

Entrada da gruta


Dentro da gruta. Tal obra foi construída, na época, por mais de 2.000 homens trabalhando artesanalmente. Hoje o funcionamento é informatizado.








Veja, abaixo, algumas das belas artes desse museu











quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Quer se presentear ou alguma ideia para o seu amigo secreto? Veja algumas das belas bijuterias com estilo diversificado. Ligue: (82) 9990-1864






Agora que estão formados...
 

Educação: enaltecimento e desvalorização.

          Nesta quarta, 26/11/14, vários professores do município de Palmeira dos Índios estiveram presentes na Câmara dos Deputados a fim de reivindicar a não aprovação do Projeto de Lei nº 012/2014 que diminui consideravelmente (em torno de 20,47%) o salário do professor, principalmente no Plano de Cargos e Carreiras. Segundo a sindicalista Vânia Calheiros, o Projeto  foi encaminhado a todos os municípios alagoanos através da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e, graças a luta dos professores, não houve aprovação; apenas em Palmeira dos Índios essa via sacra ainda persiste e, segundo a sindicalista e professorado, o Administrador da cidade  incentiva a diminuição salarial.
         No recinto, conversas se entrelaçam, olhares se perguntam sobre qual seria a sensatez, o incentivo e o respeito para com a classe em, para começo, levar esse Projeto a frente. É sabido que toda e qualquer profissão carece de aprendizado, seja no mundo das letras, seja no conhecimento de mundo. E se perguntam o porquê de tamanha atitude e de tão pouco incentivo a uma profissão que enriquece, materialmente falando, a tantos e, indiscutivelmente, o conhecimento... Mas um conhecimento que incentiva, acima de tudo, o bem comum e a formação de dignos cidadãos. Se Educação é qualidade e não quantidade, os olhares incrédulos se perguntam que incentivo teriam em seguir no caminho de uma Especialização, Mestrado ou afins, se até para custear os estudos o lado financeiro se faz presente. E, nesse caminhar, segue-se uma luta lenta e desatenciosa há dias... Mas o desânimo não se faz presente nas faces desses lutadores! Eles demonstram força, garra e perseverança.

Parlamentares a favor da causa trabalhista



Sindicalista Vânia Calheiros

Assinatura dos Parlamentares a favor da causa trabalhista

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Jorge de Araújo Vieira

"Jorge Vieira: um cidadão apaixonado por Palmeira"

          Tive a oportunidade de conhecer o cidadão Jorge Vieira e, na ocasião, conversamos sobre um pouco de quase tudo que a história de Palmeira e seus casarões oferece. Pude perceber quanta riqueza histórica temos e o quanto esse ilustre cidadão tem oferecido, naquilo que lhe é possível, ao povo palmeirense. Pretendo, no decorrer dos próximos dias, levar aos meus queridos leitores e a outros que se agruparão na leitura dessas histórias, uma série de lugares, juntamente com suas histórias, causos e imagens, pertencentes à nossa cidade. Todo esse contar tem a ajuda do amigo Jorge, dos moradores ou conhecedores das históricas moradas e da ajuda de amigos queridos que também não residem na nossa Palmeira mas, nem por isso, deixam de ser apaixonados pela arte.
          Jorge Vieira, além de professor, é ator, jornalista, psicólogo, psicanalista, teólogo, filósofo e pedagogo. Nasceu em Palmeira dos Índios, aos 27 de junho de 1949. Filho de José Vieira e Maria Ferreira e pertencente a uma família de seis irmãos. Foi padre por dez anos e desistiu do sacerdócio para se entrelaçar matrimonialmente com Nildece Mattos, com quem foi casado por quinze anos, tornando-se pai de três filhos: Lurdes Maria, José Eurides e Ludmilla Maria.
          Dentre sua história de vida e apaixonado pela cultura como um todo, faz parte da fundação da Sociedade Beneficente Acácia Branca, em Palmeira; Instituto de Psicologia Clínica Maiêutica, em Maceió; membro da Sociedade alagoana de Psicanálise; membro-fundador, junto com outros colegas, da Academia Palmeirense de Letras, Ciências e Artes, na qual ocupa a cadeira Nº 14, cujo Patrono é Carlos Pontes de Almeida; é psicólogo pela Secretaria de Saúde de Palmeira dos Índios; fez parte da criação do bloco carnavalesco As Pecinhas; hoje, reunindo mais de três mil seguidores; foi diretor da Cultura, em Palmeira dos Índios. Realiza o anual encontro A Palmeirada, na qual se reúnem aqueles conterrâneos que hoje residem em outras cidades; fundador da FACUPIRA: Fundação das Culturas de Palmeira dos Índios e Região e Revista Palmeiríndia. (tem todo um acervo, mas infelizmente ainda não possui um lugar físico e permanente para expor); realizador do Projeto Canta Palmeira; em homenagem a São Jorge, costuma celebrar este dia na companhia de uma diversidade e eclética religiosidade pertencente a esta cidade. Obras publicadas: Saudade de você mesmo - O solar de um só - Alagoas e sua gente de expressão - O festim dos deuses (Ensaio) - Normal ou patológico, Freud explica? (peça teatral).
          A este cidadão, o meu muito obrigada pela colaboração que me vem prestando nesse caminhar  histórico da nossa cidade.

Resgate histórico de Palmeira dos Índios: um esboço artesanal (Parte I)

 HISTÓRIA

           Para se ter mais a fundo a história desse lugar, há que se debruçar nos antigos escritos dos arquivos guardados pelos órgãos públicos e afins. Aqui relato apenas um esboço, ainda bastante artesanal, uma vez que o objetivo principiante é mostrar alguns lugares históricos da cidade de Palmeira dos Índios. Neles, o registro da história contada e registrada pelo amigo Jorge Vieira, algumas fotos e os curiosos causos contados pelos moradores e/ou conhecidos do lugar. Afinal, é de se saber que, muitos desses antigos lugares, geralmente têm um causo aqui, outro ali. E assim eu os colocarei, não como foco principal, mas porque fazem parte do contar popular que está inserido nesse contexto.
       
         
           Começo falando do hoje chamado "Hotel Comercial", localizado no centro da cidade, frente à Praça São Pedro. Segundo o Prof. Jorge Vieira, esse estabelecimento era uma antiga casa de engenho pertencente ao Coronel Belarmino Cavalcante de Albuquerque, cuja residência fazia parte de sua fazenda por nome "União" e, no seu jardim, a capela de São Pedro, hoje Igreja São Pedro. No dia 17 de maio de 1899, o coronel realizou a doação dessa fazenda à Diocese e a então capela foi aberta ao culto público. Os escravos pertencentes à Fazenda ficavam arranchados nas proximidades da lagoa, onde hoje chamamos de açude (Praça do açude), mas muitos pernoitavam nas redondezas da casa, a fim de assegurar tranquilidade aos ilustres moradores.
          Dona Gedalva Carvalho, administradora do hotel, conta que este lugar era uma escola e depois se tornou um hotel. Mora neste lugar há mais ou menos cinquenta anos. Seu irmão, Gilberto Carvalho, teria sido o responsável pela criação dos Quilombolas em Palmeira e  sua mãe, Maria Izabel,  foi escrava e trabalhou para com os serviços da casa do coronel.

CAUSO


Dona Gedalva conta que após ter dado à luz, eis que "apareceu" um senhor na sua frente e lhe falou de uma "botija" que seria pra ela. Essa botija estaria debaixo de um pé de manga, bem no seu quintal. Nada mais do que àquele que está localizado atrás da Van. Acontece que, morrendo de medo, achou de falar o segredo para o seu sobrinho, Luíz Fernando. Este, apanhado de imensa curiosidade, chamou um colega e, de dia e às escondidas, foi arrancar a botija. Resultado: como não era para ele, só encontrou carvão e louça antiga. Ou seja: a botija "se encantou".

IMAGENS

    
Fachada
             
Entrada
Porta de saída

                        

Porta do antigo quarto do Coronel Belarmino

Quarto e, ao fundo, o quartinho que ficavam os escravos que pernoitavam na casa e davam segurança aos donos. Este quartinho tinha uma saída para o lado de fora da casa, onde está o pé de manga.

Porta-chapéus

Antigo relógio

A arte da dança.
                                                                 
Cozinha

Cozinha
Cozinha
Porta que vai para o quintal

Varanda para onde os escravos saiam e entravam quando pernoitavam no quartinho junto, ao quarto do Coronel