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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Casa Museu Graciliano Ramos: paredes e histórias

       Graciliano Ramos nasceu em 27 de outubro de 1892, em Quebrangulo/Al. Filho de Sebastião Ramos e Maria Amélia e primogênito dos dezesseis filhos do casal. Conheceu as seca nordestina e as surras que levava do pai. Em seu livro Infância, assim se referia a seus pais: "Um homem sério, de testa larga (...), dentes fortes, queixo rijo, fala tremenda; uma senhora enfezada, agressiva, ranzinza (...), olhos maus que em momentos de cólera se inflamavam com um brilho de loucura".
         Graciliano escreveu romances, contos, traduções, crônicas, memórias... Algumas das obras foram televisionadas. Dentre suas obras, uma das que mais se destaca é Vidas Secas.
       A família mudou-se para Buíque, em PE, por lá permanecendo até 1899. Em 1905 mudou-se para Maceió, onde realizou seus estudos. Intensificou-se no jornalismo, no Rio de Janeiro e logo retornou a Palmeira dos Índios em decorrência da morte de três de seus irmãos por conta da peste bubônica. Tornou-se comerciante, continuou a carreira de jornalista e ingressou na política, sendo prefeito da cidade por dois anos. 

Família: 
Família em Viçosa


Casa da família em Palmeira









Um breve histórico 

Aos 23 anos se casa com Maria Augusta (21). Teve quatro filhos: Márcio, Júnior, Múcio e Maria Augusta. Sua esposa morre aos 26 anos, por complicações no parto.
Maria Augusta

Casa de Graciliano

Na janela em frente, possivelmente o quarto onde o último parto de Maria Augusta ocorreu

 Aos 35 anos, Graciliano se casa com Heloísa Leite (18), com quem teve mais 04 filhos: Ricardo, Roberto, Luíza e Clara. Heloísa falece em 1999.




 
 

Heloísa e seus netos

  1932: morre seu pai, Sebastião. Já em 1943, falece sua mãe, D. Amélia.
 
                                                     
Graciliano falece em 1953, vítima de câncer.









 CAUSOS
 

 Há quem diga que nosso Mestre Graça se afogou na bebida para superar a perda de sua amada Maria Augusta. E que Heloísa, sua segunda esposa, teria sentido muitos ciúmes das cartas que Graciliano havia escrito pra Maria Augusta ainda solteiro, mas que as guardava.
Segundo relato, a Casa Museu Graciliano recebeu a visita de uma estimada senhora que, não por acaso, era sensitiva. Ao visitar o então atual auditório, sentiu uma energia muito forte de "irmãos" que já partiram. A sensação foi tamanha que ela pediu que os funcionários fizessem oração diária por um mês. Mas, ao visitar a parte da casa em si, a sensação que ela teve foi amena, tranquila e relatou que por ali passavam alguns visitantes, inclusive o Mestre Graça. 
Um antigo "vigia" que chegou a trabalhar nesse museu, segundo comenta-se, andou passando por alguns "aperreios" noturnos. Conta-se que durante a noite ele era surpreendido com barulhos e inquietações. Sem suportar, largou o museu durante a madrugada e saiu correndo. Dizem que o vizinho, ao perceber tal correria, resolveu fechar a porta do museu que havia ficado aberta.










O que mais acontece entre essas paredes na calada da noite...?

 

2 comentários:

  1. Belo relato Adriana! só quem conhece ou conheceu este lugar é capaz de atestar a veracidade de seus relatos! As vezes me pego a lembrar das vezes que durante a sua labuta seus alunos ficavam quase que em transe, absortos diante da sua narrativa! Vc tem muito talento! Deveria escrever uma peça, vc leva muito jeito! Rsrs.

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  2. Obrigada, muito obrigada! Uma peça? Pois acredite, eu escrevi duas peças teatrias. Uma já a caminho de ser encenada. Quem sabe você não nos prestegia com sua presença!

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