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quinta-feira, 17 de março de 2016

Uma picada; um amor

OBS.:  ESTA HISTÓRIA É BASEADA EM FATOS REAIS E O PERSONAGENS SOB PSEUDÔNIMOS.


            Na vida a gente se depara com incontáveis histórias e, dentre elas, àquelas que ficam amarradas na memória...  De modo que, por alguma razão, bate uma vontade imensa de relatar e (re)viver com o nosso leitor.
            Esta crônica (e o nome é bem propício) relata a história de duas pessoas que viveram numa mesma cidade mas, por obra da vida e do destino, cada qual procurou seu rumo. Mirtes, mulher inteligente, elétrica,  que guarda em si uma ansiedade crônica, tem o hábito da leitura e ama culturas diferentes. Quando abre a boca pra falar, a impressão que se tem é que, terminada a fala, ela será conduzida ao balão de oxigênio e,  caso isso não aconteça, o balão será preparado para o ouvinte... Já ele, Teodoro, homem de pulso forte, metido a galanteador, tem a rudeza da cidade do interior. Guarda uma característica não muito rara e vista com certa facilidade por entre muitos homens: com os demais, um verdadeiro lobo voraz e indomável... Na companhia de alguma amada que lhe tomasse o coração, um coelho quase “acuado”.  Homem de pouca leitura mas, assim como Mirtes,  lançou-se  na cidade grande e conquistou seu espaço no trabalho e na sociedade. Tanto Mirtes, quanto Teodoro  passaram grande parte de suas vidas se esbarrando vez por outra na cidade natal, comum aos dois.  Anos e anos se passavam e, cada um, teve seus companheiros e histórias. A vida seguia... Numa bela época, ambos estavam sozinhos.
   Não guardava saudades, mas a alegria de se esbarrar com Teodoro estava sempre presente quando este se encontrava por perto. Um dia, pegou-se perguntando a si mesma o que realmente podia sentir por ele. A resposta veio pouco tempo depois. Estava ela na casa de sua mãe na sua cidade natal encostada numa pia e lavando uma montanha de louça. Ele chegou para uma visita. Ao invés da água esfriar o sangue dela, o efeito foi contrário! Ele chegou, passou por trás dela, balbuciou alguma coisa e isso a deixou mais quente que fornalha de padaria. Foi a partir daí que ela realmente percebeu que era fato: eles estavam atraídos um pelo outro. No entanto, a vida seguia e seus “esbarros” eram anuais.
            O fato é que, depois de algum bom tempo e de volta à cidade natal, quis o destino que o pobre Teodoro levasse uma picada! Simmmm!!!  Talvez este tenha sido o único relato onde o “mosquito da dengue”  tenha feito seu trabalho com um belo propósito. Foi aí que Mirtes e Teodoro ficaram um na frente do outro? Ou... quase em cima um do outro? Veremos...
         Já "raspando" os 70, lá se corre para o hospital levar aquele senhor de meia idade. Tá com peninha dele?



  
          Logo ao chegar ao hospital, aquele homem, mesmo beirando a quase morte, deu sinais de que ainda podia sobreviver. Prontamente atendido por enfermeiras que disputavam a prancheta daquele santo paciente, logo uma se inteirou do caso. É provável que ele tenha pedido uma sonda... mas ela, lamentavelmente, garantiu àquele ser que não seria necessário por agora. 
          Mirtes, ao saber que Teodoro se encontrava no hospital, largou tudo em casa e, sem ao menos esperar o táxi, saiu correndo feito louca rua afora. Aliás...

...Ela corria  na frente (Estou chegando!!!!! Não vou deixar você morrerrrrr!!!! Ai, Jesus, valei-me!)

                                
 ... A mãe no meio... (implorando calma e gritando feito louca: criatura, espera!!!!! Eu não aguento correrrrrr! Você tá doida, tá?!)



    ... E o táxi atrás... ( Minha senhora! Minha senhora!!!!! Pelo amor de Deus!!)








          Nada adiantou. Aquela mulher chegou ao hospital cuspindo fogo e, por pouco, não se identificou na portaria do recinto. Chegando à enfermaria, Teodoro acompanhado de um parente, tomou um susto quando, vindo da porta, alguém, numa fúria de preocupação, loucura e tesão recalcado, gritou: 
  
 CHEGUEEEIIIIIIII !!!!!

                                                 
           ... E pulou em cima do velho que, por pouco, a cama não saía desgovernada pelo corredor. A cena chamou a atenção do parente presente e da mãe de Mirtes que, sem quase nada falarem, ficaram meio perplexos a olhar aquelas horas de conversa entre Teodoro e Mirtes, como se eles já tivessem marcado uma espécie de terapia sexual "acamal". Para que Mirtes pudesse deixar a enfermaria, foi preciso um enfermeiro ser chamado e retirá-la do quarto, chamando-a diversas vezes e alertando-a que o horário não mais permitia sua presença no recinto. O fato é que, depois dessa "terapia", Teodoro teve uma melhora significativa, ao ponto de ter alta no dia seguinte. Olha a carinha do coitado....


      
       Depois da alta, Teodoro procurou urgentemente Mirtes para que a "terapia" tivesse continuidade. E não é que deu certo!!!!!


            Só que, dessa vez,  Mirtes levou a picada e sua personalidade  crônica só piorou: um falatório dos infernos noite a dentro, um fogo miserável que descia pelo “pau da venta”, um  “fungado” nas orelhas do companheiro... E o jeito que teve foi Teodoro preguear o lençol no chão e  pedir forças a Deus para manter a “ira camal”  e a fama de galanteador.


terça-feira, 8 de março de 2016

Dia da mulher: flor de mandacaru


        






          "Neste 08 de março de 2016, você representa a mulher diferente (...). Você representa a descoberta, a fantasia para uma criança num dia de domingo! O chute do menino que, no último minuto, venceu o goleiro! A balacrava do Ayrton na curva Tamburello! O fim da escuridão vencida pelo medo! O blefe do carteado! O grito depois de um longo silêncio! A resposta que veio antes da minha pergunta! O pedido de resgate quando eras refém de si mesma! Este 08 de março significa o sim diante de tudo que nos é negado! Este 08 de março exterioriza o seu presente diante do que foi seu passado! Feliz dia internacional da mulher que já nasceu adulta, que soube esperar pelo seu tempo e controlar as horas! Feliz dia desta mulher que é feito mandacaru de beira de estrada, solitário e viril, mas um doce tão bom e delicioso quanto goiabada!"

( Autor da Vida)


          Estas palavras elevam a mulher forte que, mediante suas fragilidades, traz a beleza da vida e a fortaleza do amor. Mulher Mandacaru, Mulher Renascente!