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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Resgate histórico de Palmeira dos Índios: um esboço artesanal (Parte I)

 HISTÓRIA

           Para se ter mais a fundo a história desse lugar, há que se debruçar nos antigos escritos dos arquivos guardados pelos órgãos públicos e afins. Aqui relato apenas um esboço, ainda bastante artesanal, uma vez que o objetivo principiante é mostrar alguns lugares históricos da cidade de Palmeira dos Índios. Neles, o registro da história contada e registrada pelo amigo Jorge Vieira, algumas fotos e os curiosos causos contados pelos moradores e/ou conhecidos do lugar. Afinal, é de se saber que, muitos desses antigos lugares, geralmente têm um causo aqui, outro ali. E assim eu os colocarei, não como foco principal, mas porque fazem parte do contar popular que está inserido nesse contexto.
       
         
           Começo falando do hoje chamado "Hotel Comercial", localizado no centro da cidade, frente à Praça São Pedro. Segundo o Prof. Jorge Vieira, esse estabelecimento era uma antiga casa de engenho pertencente ao Coronel Belarmino Cavalcante de Albuquerque, cuja residência fazia parte de sua fazenda por nome "União" e, no seu jardim, a capela de São Pedro, hoje Igreja São Pedro. No dia 17 de maio de 1899, o coronel realizou a doação dessa fazenda à Diocese e a então capela foi aberta ao culto público. Os escravos pertencentes à Fazenda ficavam arranchados nas proximidades da lagoa, onde hoje chamamos de açude (Praça do açude), mas muitos pernoitavam nas redondezas da casa, a fim de assegurar tranquilidade aos ilustres moradores.
          Dona Gedalva Carvalho, administradora do hotel, conta que este lugar era uma escola e depois se tornou um hotel. Mora neste lugar há mais ou menos cinquenta anos. Seu irmão, Gilberto Carvalho, teria sido o responsável pela criação dos Quilombolas em Palmeira e  sua mãe, Maria Izabel,  foi escrava e trabalhou para com os serviços da casa do coronel.

CAUSO


Dona Gedalva conta que após ter dado à luz, eis que "apareceu" um senhor na sua frente e lhe falou de uma "botija" que seria pra ela. Essa botija estaria debaixo de um pé de manga, bem no seu quintal. Nada mais do que àquele que está localizado atrás da Van. Acontece que, morrendo de medo, achou de falar o segredo para o seu sobrinho, Luíz Fernando. Este, apanhado de imensa curiosidade, chamou um colega e, de dia e às escondidas, foi arrancar a botija. Resultado: como não era para ele, só encontrou carvão e louça antiga. Ou seja: a botija "se encantou".

IMAGENS

    
Fachada
             
Entrada
Porta de saída

                        

Porta do antigo quarto do Coronel Belarmino

Quarto e, ao fundo, o quartinho que ficavam os escravos que pernoitavam na casa e davam segurança aos donos. Este quartinho tinha uma saída para o lado de fora da casa, onde está o pé de manga.

Porta-chapéus

Antigo relógio

A arte da dança.
                                                                 
Cozinha

Cozinha
Cozinha
Porta que vai para o quintal

Varanda para onde os escravos saiam e entravam quando pernoitavam no quartinho junto, ao quarto do Coronel





Um comentário:

  1. Linda história amei ler e conhece e um pouco da história desse lugar que fica na minha cidade.

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